segunda-feira, 26 de maio de 2008

II

noite de vulcão mais que acordado peço-te
deixa-me em paz;
e grão de areia sendo
sopra-me como se precisasses de
empunhar e empurrar
uma pedra não amigável.
e rompe o céu através de mim;
joga-me verticalmente contra as
tuas vísceras mais aladas,
faz-me brilhar na velocidade,
desaparecer no contacto químico
com o universo.
chama-me átomo e cospe-me.
preciso de não estar aqui.

poema do livro

«actu sanguineu»

de ondjaki

2 comentários:

Pirula da Cultura - Bruno. disse...

Poesia, sem ela o que seria de nós meros mortais!? hahaha...

Lindo..

Estava lendo Eu e Outra poesias do Augusto dos Anjos muito bom...

Já lesse o livro da Lorreine Beatrice de poesia (escritora de Blumenau da nova "safra") acho que o ultimo livro dela chama-se Relicário, bem bacana por sinal.


Bjos!

Clara disse...

Muito bom,ver por aqui representado um escritor angolano.