noite de vulcão mais que acordado peço-te
deixa-me em paz;
e grão de areia sendo
sopra-me como se precisasses de
empunhar e empurrar
uma pedra não amigável.
e rompe o céu através de mim;
joga-me verticalmente contra as
tuas vísceras mais aladas,
faz-me brilhar na velocidade,
desaparecer no contacto químico
com o universo.
chama-me átomo e cospe-me.
preciso de não estar aqui.
deixa-me em paz;
e grão de areia sendo
sopra-me como se precisasses de
empunhar e empurrar
uma pedra não amigável.
e rompe o céu através de mim;
joga-me verticalmente contra as
tuas vísceras mais aladas,
faz-me brilhar na velocidade,
desaparecer no contacto químico
com o universo.
chama-me átomo e cospe-me.
preciso de não estar aqui.
poema do livro
«actu sanguineu»
de ondjaki
2 comentários:
Poesia, sem ela o que seria de nós meros mortais!? hahaha...
Lindo..
Estava lendo Eu e Outra poesias do Augusto dos Anjos muito bom...
Já lesse o livro da Lorreine Beatrice de poesia (escritora de Blumenau da nova "safra") acho que o ultimo livro dela chama-se Relicário, bem bacana por sinal.
Bjos!
Muito bom,ver por aqui representado um escritor angolano.
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